domingo, 14 de agosto de 2011

Baladeiros

Eu vejo um padrão na vida de baladeiro(a). A noite é sempre uma promessa, segue o ritmo gostoso da música acompanhado de bebidas, muitas bebidas. Nunca uma cerveja desceu tão bem e nunca uma capirinha* foi tão bem feita. Ah, a liberdade! São, pelo menos, 7h de diversão real ou ilusória? Outra noite, será que ele consegue? Claro, mesmo sem saber o porquê, mesmo sem se dar conta, até se perder no vazio da repetição: copo na mão e olhar fixo no alvo, olhar fixo no alvo e copo na mão. Beijo, mão, toque, sexo e compromisso?! E baladeiro quer compromisso com outro baladeiro?! Gente da sua própria espécie?! Não, ele quer compromisso com alguém que preencha os seus fins de noites vazios e as suas ressacas arrependidas. Ah, a doce magia da noite, afinal é apenas uma criança.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Back to Black - Amy Winehouse

Eu vejo uma padrão nas letras do disco "Back to Black" de Amy Winehouse. Elas "basicamente" falam de amor. Não são "shakespeareanas", mas traduzem de uma forma muita sincera o que sente o coração dela. A dupla de palavras, "lágrimas secam", é cantada por 8 vezes em 3 canções diferentes. A lágrima que acalenta e que é aborvida pelo coração? De qualquer forma a arte e a criação não existem para serem definidas ou explicadas, apenas são. Percebe-se que era uma pessoa "ultra-romântica" em suas poesias, mas nem tanto quando se tratava de suportar a sua existência.
"That silent sense of content that everyone gets, just disappears soon as the sun sets"

domingo, 7 de agosto de 2011

Mil desculpas

Eu vejo um padrão em quem pede muitas desculpas. 1 vez é nobre, 2 é legal, agora fazer alguma coisa que magoe pessoa(s) várias vezes já é um comportamento, no mínimo, suspeito. Agora para e analisa como é fácil pedir desculpas. DES-CUL-PA, muito simples, você movimento sua boca apenas com 3 sílabas, não precisa nem pensar ou ser uma desculpa sincera.  Porém a grande dificuldade "do negócio" é a de evitar a ofensa, o descuido ou o pretexto. Não seria possível prever uma ação que tenha justificativa de culpa? Colocar-se no lugar do outro a título de respeito?

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Zona de Conforto

Eu vejo um padrão na zona de conforto. A certeza de estar bem e saber tudo é o princípio do equívoco. Médicos, professores, músicos, atores, etc., se perdem dentro desse território até então estável. Todos as grandes buscas, as grandes descobertas e, até mesmo, as grandes obras artísticas foram motivadas através do desconhecido, essa região onde se é permitido ousar e tentar, sem excesso de preciosismo e de confiança. A permanência no conforto traz a negligência, o desleixo e a displicência, 3 palavras que direcionam à mesmice, ao erro. O que muda tanto desde que somos aprendizes sonhadores até nos tornamos "mestres da situação"? Qual é esse ponto onde desviamos da humildade/excelência e somos empurrados para o abismo da arrogância? Por que essa cegueira?

A Virtualidade do Facebook

Eu vejo um padrão no Facebook. 399 amigos unidos, comunicando-se e espalhando o amor através dos pacotes de dados da Internet. Será isso possível, 399 amigos? Quantos números são suficientes para completar um chip de telefone? São 399 pessoas que estão dispostas a ir ao inferno e andar de mãos dadas com você? _"Oi, te dei um oi na rua ontem, posso ser o seu amigo virtual?" _"Claro." (mais 1 = 400) Sabe quantas vezes essas 2 pessoas se falaram pelo Facebook? Nunca mais. Sabe quantas vezes essas mesmas 2 pessoas se esbarraram na rua sem se cumprimentarem, mesmo estando virtualmente conectadas. 400 vezes. Por que a virtualidade se faz necessária nos relacionamentos modernos? É a necessidade de se sentir amado que aumenta essas redes sociais? De fazer parte de um grupo? (Cadê a minha ilha?!) Ou então, seria uma partícula, um fumus de esperança surgindo em nossa tão famigerada "Era da Individualidade"?! Gasta-se muito tempo com o seu melhor amigo, o computador,  e há um enorme intervalo entre dois pontos pensantes e cheios de defeitos.